A crescente procura de incorporar elementos arquitectónicos na paisagem pretensamente atrativos para os visitantes e turistas por parte das regiões, tem por objectivo despertar o interesse turístico pelas mesmas, mas será que são factores diferenciadores do ponto de vista da imersão da experiência turística daqueles que nos visitam?
O recém inaugurado miradouro projetado por Siza Vieira, implementado na serra do Muradal, em Oleiros, é uma adição impactante na paisagem da região do interior.
Quiçá quase abrupta, construção inesperada, encimando uma crista rochosa, o que permite ver de diferente do restante território do interior do centro? A paisagem!

Da natureza à paisagem, variação qualitativa da experiência turística
Com uma vista deslumbrante sobre a paisagem e uma arquitetura contemporânea deste renomado arquitecto, o miradouro oferece aos visitantes a oportunidade de apreciar a beleza natural da área de uma maneira única, sobranceira a todo o vale.
Foi escolhida a sua localização estratégica para o miradouro do Zebro proporcionar uma visão panorâmica que permite contemplar a extensão da paisagem circundante, é um facto.
Adiciona-se à lista de locais a verificar nas férias para validar que já lá estivemos, qual ponto de passagem das necessidades obrigatórias de um qualquer roteiro massivo de interesses que nem sempre são os do turista.
A estrutura minimalista e elegante projetada por Siza Vieira destaca-se, sem tirar o foco da vista deslumbrante que se estende diante dos olhos dos visitantes e, como comentado pelos media, parece que aterrou ali um disco voador.
Junta-se a vontade de executar a obra pública ao renomado arquitecto Siza Vieira e temos mais um miradouro a mostrar o quê de diferente e diferenciador de outros?
É ali que está e por isso temos de ir lá para picar o ponto, dizermos aos amigos que já lá estivemos!

O marketing público das emersões satisfaz a imersão turística?
Porém, este miradouro não só adiciona valor estético à região(qual e de quem?), mas também procura promover o turismo e o desenvolvimento local, no discurso da corrente oficial.
Assim, ao atrair visitantes de todo o país e até mesmo do exterior, a estrutura é cartaz de um ponto de interesse imperdível para quem deseja explorar e apreciar a beleza natural de Oleiros.
Acresce assim aos inúmeros pontos de miradouros e passadiços(indistintos e recauchutados?) construídos recentemente, porque “temos de ter um assim mais imponente” e acrescentamos comparações “assim como aquele na China”, como se pudesse haver similitude nas experiências turísticas e da sua diferenciação imersiva do turista.
Contudo, será esta a prioridade de emersão para o marketing público é suficiente para alavancar a imersão turística e capacitar os operadores do turismo para ir ao encontro daquilo que os visitantes mais almejam quando nos visitam?
A simplicidade da procura imersiva da experiência turística

Em suma, o miradouro de Siza Vieira, em Oleiros, é uma obra-prima arquitetónica que enriquece a paisagem local e proporciona uma experiência única para todos os que o visitam.
Este é um exemplo de como a arte e a arquitetura podem se unir para criar espaços que inspiram e encantam.
O que diferenciar destas afirmações do senso comum e do discurso corrente para a valorização da experiência turística, a ponto de obter reconhecimento, satisfação e recomendação?
Da nossa experiência, a simplicidade e a autenticidade é por demais substantiva para a experiência turística nos mais simples gestos…
No contacto com as pessoas, na simpatia e interacção dos locais com os visitantes, no despertar da curiosidade do visitante pelo pormenor e o “desconhecido”, no conforto e bem-estar como se estivesse em casa, experimentar o que os locais fazem e como vivem, no dar-lhe a conhecer a natureza em detrimento da paisagem: é isso que promove a imersão profunda na experiência turística do visitante.
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